Sunday, July 09, 2006

A Espada Japonesa (1ª parte)


De todas as armas produzidas pelo Homem, nenhuma supera a Espada Japonesa no que toca a critérios artísticos, práticos e espirituais. Mesmo as suas rivais europeias de Toledo e Damasco, apesar de confeccionadas pelos melhores mestres existentes no Ocidente, não possuem todas as virtudes que podemos apreciar na Espada Japonesa.

No Japão Medieval eram utilizadas imensos tipos de armas, e desde o inicio do século XI até ao final do Século XVI, o principal armamento usado nas batalhas realizadas entre os exércitos dos senhores feudais eram o arco, a yari (lança) e a naginata.
Após a unificação do Japão por Tokugawa Ieyasu (inicio do século XVII) cessam as batalhas campais e entra-se num período de paz, aonde os conflitos se resolviam em breves duelos, correspondendo este ao período em que a Espada Japonesa viu a sua maior utilização, sendo que em 1588, o mais poderoso senhor feudal do Japão, Toyotomi Hideyoshi, declara que somente os Samurai poderiam empunhar uma katana, subtraindo-a assim do alcance dos comuns, reservando-a como privilégio único e exclusivo da classe guerreira. Um pouco mais tarde Tokugawa Ieyasu viria mesmo dizer “…a espada é a alma do Samurai…”

Assim, a Espada Japonesa sempre teve um lugar importante na sociedade do Japão, seja como arma do Samurai, seja como símbolo de poder e status, ou até como representação do poder do Imperador que ele recebe quando é empossado. Segundo a lenda, a espada foi dada pelo deus do Sol, Amaterasu Omikarni ao seu neto, Ninigi-no Mikoto, quando este foi enviado para a Terra e se tornou o primeiro imperador do Japão.

(continua...)

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